Câmbio para Viagem: Comparação e Melhores Opções para 2025

Malas prontas, passagens compradas e roteiro dos sonhos definido. Falta um detalhe crucial que pode fazer toda a diferença no seu orçamento: como você vai levar seu dinheiro para o exterior? Comprar dólar, euro ou outra moeda estrangeira pode parecer um labirinto de taxas, cotações e siglas como IOF.

Mas não se preocupe! Para te ajudar a fazer a escolha mais inteligente e econômica, fizemos uma comparação completa das principais opções de câmbio para brasileiros, simulando quanto custa comprar US$ 1.000 em cada uma delas.

Chega de perder dinheiro com taxas escondidas. Vamos descobrir juntos a forma mais barata e confiável de levar dinheiro para sua viagem internacional!

Antes de tudo: entendendo os custos do câmbio

Para comparar as opções, você precisa conhecer os três vilões que podem encarecer seu dinheiro:

  1. Taxa de câmbio (spread): As plataformas nunca usam o “dólar comercial” que você vê no jornal. Elas compram por um preço (comercial) e vendem por outro mais caro (turismo ou um valor próprio). Essa diferença, chamada spread, é o lucro delas e um custo para você.
  2. IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): É um imposto federal obrigatório. Para compra de moeda para uma conta da mesma titularidade no exterior (como nas contas globais), o IOF é de 1,1%. Para compra de papel moeda, também é 1,1%. Já no cartão de crédito internacional, o IOF sobe para 4,38%!
  3. Taxas administrativas: Algumas plataformas podem cobrar taxas fixas de transferência ou administração.

Agora que você entendeu a ideia, vamos à comparação!

Análise comparativa: quanto custa comprar US$ 1.000 hoje?

Fizemos uma simulação para ver o custo total, em reais, para ter US$ 1.000 disponíveis para sua viagem. Os valores são baseados na cotação do dólar comercial de R$ 5,45 e turismo de R$ 5,65 na data desta análise (01/07/2025).

 

Plataforma/Serviço Tipo de Câmbio IOF Taxas + Spread (Estimado) Custo Total para ter US$ 1.000
Wise (Conta Global) Comercial + Taxa 1,1% ~1,8% (Taxa + Spread baixo) ~ R$ 5.615
C6 Bank (Conta Global) Comercial + Taxa 1,1% ~2,0% (Spread + Taxa Abertura*) ~ R$ 5.625
Nomad (Conta Global) Comercial + Taxa 1,1% ~2,5% (Taxa de serviço padrão) ~ R$ 5.660
Western Union Taxa Própria + Tarifa 1,1% ~5,0% (Spread alto + Taxa) ~ R$ 5.850
Casa de Câmbio (Online) Turismo + Taxa 1,1% ~4,5% (Spread alto + Taxa) ~ R$ 5.860
Banco Tradicional Turismo + Taxa 1,1% ~5,5% (Spread altíssimo) ~ R$ 5.920

*Disclaimer: Os valores são uma estimativa para fins comparativos e podem variar. A Conta C6 Global pode ter taxa de abertura de US$10, já diluída no custo estimado.

Análise detalhada das opções de câmbio

A tabela e o gráfico deixam claro: a forma como você compra sua moeda estrangeira tem um impacto gigante no seu bolso. A diferença entre a opção mais barata e a mais cara na nossa simulação foi de mais de R$ 300!

Vamos analisar cada categoria.

1. Contas Globais (fintechs): a escolha inteligente

 As contas globais, oferecidas por fintechs, são a opção com melhor custo-benefício. Elas permitem que você tenha uma conta bancária em dólar e um cartão de débito internacional.

Wise

 A Wise (antiga TransferWise) é conhecida pela transparência e custos baixíssimos.

  • Vantagens: Câmbio comercial com uma pequena taxa transparente.
  • Limites de Saque: Você tem direito a 2 saques gratuitos por mês, desde que o valor somado não ultrapasse R$ 1.400. A partir do terceiro saque ou acima desse valor, é cobrada uma taxa de R$ 6,50 + 1,75% sobre o excedente. O limite mensal total para saques é de R$ 20.000.

C6 Bank

C6

 O C6 Bank oferece a “Conta Global” diretamente no seu aplicativo, sendo uma opção prática para quem já é cliente.

  • Vantagens: Taxas muito competitivas e a conveniência de estar integrado a um banco digital completo.
  • Limites de Saque: É possível fazer até 4 saques por dia, com limite de US$ 500 por saque (para a Conta Dólar). Cada saque na rede Cirrus tem uma tarifa de US$ 5. Benefício importante: para saques em caixas eletrônicos (ATMs) do banco Chase, os clientes da Conta Global do C6 Bank recebem o estorno da tarifa de US$ 5, tornando o saque gratuito (taxas adicionais do próprio caixa ainda podem ser aplicadas).

Nomad

nomad

 A Nomad é focada no mercado brasileiro, oferecendo uma conta em dólar sediada nos EUA.

  • Vantagens: Câmbio com dólar comercial. A taxa de serviço é regressiva (de 2% a 1%) dependendo do seu nível no programa Nomad Pass.
  • Limites de Saque: O grande diferencial são os saques gratuitos e ilimitados na rede de caixas eletrônicos MoneyPass nos Estados Unidos. Fora dessa rede, o custo é de US$ 5 por saque (após os dois primeiros saques gratuitos). O limite de saque diário é de US$ 500.
  • Benefícios Exclusivos: Ao atingir o valor somado de US$ 1.000 em remessas de câmbio (não precisa ser de uma só vez!), você ganha acesso à exclusiva Sala VIP da Nomad no Aeroporto de Guarulhos (GRU) e tem direito à entrega do cartão físico gratuitamente.

2. Serviços de transferência e papel moeda

Western Union

Famosa pelas transferências internacionais rápidas, a Western Union é uma opção para cenários específicos.

  • Vantagens: Rapidez e capilaridade global para sacar dinheiro em espécie em minutos.
  • Desvantagens: Custo elevado. A taxa de câmbio é menos favorável e as tarifas são mais altas que as das fintechs.
  • Ideal para: Apenas para emergências, como perder a carteira e precisar que um parente envie dinheiro rapidamente para você.

Casas de câmbio (físicas e online)

Para quem não abre mão de ter dinheiro em espécie, as casas de câmbio são o caminho.

  • Vantagens: Segurança de ter o dinheiro físico em mãos.
  • Desvantagens: Custo significativamente maior, pois usam a cotação do dólar turismo. Andar com grandes volumes de dinheiro é arriscado.
  • Ideal para: Comprar uma pequena quantia em espécie para os primeiros gastos na chegada.

3. Bancos tradicionais (Seu “bancão”): comodidade que custa caro

Oferecer a compra de moeda direto no aplicativo do seu banco pode parecer cômodo, mas essa conveniência tem um preço.

  • Vantagens: Conveniência para quem já é cliente.
  • Desvantagens: São, de longe, a opção mais cara. A falta de transparência é um problema, com o custo real “escondido” numa taxa de câmbio muito desfavorável.
  • Ideal para: Apenas se for sua única opção ou se você prioriza a comodidade acima de qualquer custo.

O veredito: qual a melhor estratégia de câmbio para viajar?

Após a análise, a estratégia mais inteligente e econômica para o viajante brasileiro em 2025 é a híbrida:

  1. Opção principal: uma conta global (Wise, C6 Bank ou Nomad). A competição entre elas é acirrada e vantajosa para o consumidor. Escolha uma, transfira a maior parte do seu dinheiro para ela pagando IOF de 1,1% e use o cartão de débito para suas despesas. É a forma mais barata e segura.
  2. Backup em espécie: uma casa de câmbio. Leve uma pequena quantia em dólares ou euros (ex: US$ 200-300) comprados em uma casa de câmbio para despesas iniciais como o táxi do aeroporto ou para locais que não aceitam cartão.

Seguindo essa estratégia, você une o melhor dos dois mundos: a economia e praticidade das fintechs com a segurança do bom e velho papel moeda para emergências.

Ficou interessado em abrir uma conta global?

Se você decidiu que uma conta global é a melhor opção, que tal abrir a sua usando nossos links? não há nenhum custo extra para você! Pelo contrário, além de apoiar nosso trabalho você ainda pode garantir benefícios especiais de boas-vindas, como taxas reduzidas ou isenção na primeira transferência.

FAQ: Perguntas Frequentes sobre Câmbio para Viagem

 P: Qual a forma mais segura de levar dinheiro para o exterior?

R: A forma mais segura é diversificar. A maior parte em uma conta global com cartão de débito (que pode ser bloqueado em caso de perda ou roubo) e uma pequena quantia em espécie guardada em um local seguro, como o cofre do hotel.

P: E o cartão de crédito brasileiro, vale a pena usar?

R: Em geral, não. O cartão de crédito brasileiro para compras internacionais tem um IOF de 4,38%, o mais alto de todos. Além disso, a cotação do dólar só é definida no fechamento da fatura, o que pode trazer surpresas desagradáveis. Use-o apenas para emergências ou para o aluguel de carros, onde é frequentemente exigido.

P: Preciso declarar o dinheiro que levo na viagem?

R: Se você estiver levando mais de US$ 10.000 (ou o equivalente em outra moeda), seja em espécie ou em um cartão pré-pago, você é obrigado a preencher a Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV) no site da Receita Federal. Valores em contas globais como Wise, C6 e Nomad não entram nessa conta.

Agora você está pronto para viajar com a certeza de que fez a melhor escolha para o seu bolso.

E você, qual sua forma preferida de levar dinheiro para o exterior? Deixe seu comentário e compartilhe suas dicas!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima